
Considere uma região plana limitada por uma curva suave (sem quinas), fechada e um ponto P fora desse plano. Chamamos de cone ao sólido formado pela reunião de todos os segmentos de reta que têm uma extremidade em P e a outra num ponto qualquer da região.
ELEMENTOS DO CONE
- Base: A base do cone é a região plana contida no interior da curva, inclusive a própria curva.
- Vértice: O vértice do cone é o ponto P.
- Eixo: Quando a base do cone é uma região que possui centro, o eixo é o segmento de reta que passa pelo vértice P e pelo centro da base.
- Geratriz: Qualquer segmento que tenha uma extremidade no vértice do cone e a outra na curva que envolve a base.
- Altura: Distância do vértice do cone ao plano da base.
- Superfície lateral: A superfície lateral do cone é a reunião de todos os segmentos de reta que tem uma extremidade em P e a outra na curva que envolve a base.
- Superfície do cone: A superfície do cone é a reunião da superfície lateral com a base do cone que é o círculo.
- Seção meridiana: A seção meridiana de um cone é uma região triangular obtida pela interseção do cone com um plano que contem o eixo do mesmo.


Quando observamos a posição relativa do eixo em relação à base, os cones podem ser classificados como retos ou oblíquos. Um cone é dito reto quando o eixo é perpendicular ao plano da base e é oblíquo quando não é um cone reto. Ao lado apresentamos um cone oblíquo.
Observação: Para efeito de aplicações, os cones mais importantes são os cones retos. Em função das bases, os cones recebem nomes especiais. Por exemplo, um cone é dito circular se a base é um círculo e é dito elíptico se a base é uma região elíptica.
OBSERVAÇOES SOBRE UM CONE CIRCULAR RETO
1. Um cone circular reto é chamado cone de revolução por ser obtido pela rotação (revolução) de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos
2. A seção meridiana do cone circular reto é a interseção do cone com um plano que contem o eixo do cone. No caso acima, a seção meridiana é a região triangular limitada pelo triângulo isósceles VAB.
3. Em um cone circular reto, todas as geratrizes são congruentes entre si. Se g é a medida de cada geratriz então, pelo Teorema de Pitágoras, temos:
g2 = h2 + R2

ALat = Pi R g
5. A Área total de um cone circular reto pode ser obtida em função de g (medida da geratriz) e R (raio da base do cone):
ATotal = Pi R g + Pi R2
CONES EQUILÁTEROSUm cone circular reto é um cone equilátero se a sua seção meridiana é uma região triangular equilátera e neste caso a medida da geratriz é igual à medida do diâmetro da base.
A área da base do cone é dada por:
ABase=Pi R2
Pelo Teorema de Pitágoras temos:
(2R)2 = h2 + R2
h2 = 4R2 - R2 = 3R2
h2 = 4R2 - R2 = 3R2
Assim:
h = R 
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto da área da base pela altura, então: 
V = (1/3) Pi
R3
Como a área lateral pode ser obtida por: 
ALat = Pi R g = Pi R 2R = 2 Pi R2
então a área total será dada por:
ATotal = 3 Pi R2
Exercícios resolvidos1. A geratriz de um cone circular reto mede 20 cm e forma um ângulo de 60 graus com o plano da base. Determinar a área lateral, área total e o volume do cone.

sen(60o) = h/20
(1/2)

h = 10 R[3] cm
V = (1/3) Abase h
V = (1/3) Pi r2 h
(1/3) Pi 102 10


r = 10 cm; g = 20 cm
Alat = Pi r g = Pi 10 20 = 200 Pi cm2
Atotal = Alat + Abase
Atotal = Pi r g + Pi r2 = Pi r (r+g)
Atotal = Pi 10 (10+20) = 300 Pi cm2
2. A hipotenusa de um triângulo retângulo mede 2cm e um dos ângulos mede 60 graus. Girando-se o triângulo em torno do cateto menor, obtem-se um cone. Qual é o seu volume?

sen(60o) = R/2
(1/2)

R =

g2 = h2 + R2
22 = h2 + 3
4 = h2 + 3
h = 1 cm
V = (1/3) Abase h = (1/3) Pi R2 h = (1/3) Pi 3 = Pi cm3
3. Os catetos de um triângulo retângulo medem b e c e a sua area mede 2 m2. O cone obtido pela rotação do triângulo em torno do cateto b tem volume 16 Pi m3. Determine o comprimento do cateto c.

implicando que b.c=4
V =(1/3) Abase h
16 Pi = (1/3) Pi R2 b
16 Pi = (1/3) Pi c c b
16 = c(4/3)
c = 12 m
4. As áreas das bases de um cone circular reto e de um prisma quadrangular reto são iguais. O prisma tem altura 12 cm e volume igual ao dobro do volume do cone. Determinar a altura do cone.
hprisma = 12
Abase do prisma = Abase do cone = A
Vprisma = 2 Vcone
A hprisma = 2(A h)/3
12 = 2.h/3
h=18 cm
5. Anderson colocou uma casquinha de sorvete dentro de uma lata cilíndrica de mesma base, mesmo raio R e mesma altura h da casquinha. Qual é o volume do espaço (vazio) compreendido entre a lata e a casquinha de sorvete?

V = Abase h - (1/3) Abase h
V = Pi R2 h - (1/3) Pi R2 h
V = (2/3) Pi R2 h cm3
QUESTÕES RESOLVIDAS:
16. (2009) – Em um
copo cônico com 6 cm de raio da base e 10 cm de altura, foi colocado uma bola
de sorvete de forma esférica e com 3 cm de raio. Devido ao dia estar muito
quente, e o sorvete não ter sido consumido imediatamente, o mesmo derreteu.
Calcule o espaço vazio que ficou dentro do copo.
SOLUÇÃO: 1)Cálculo do volume
da bola de sorvete (esfera).
Ve=4/3.π.r³
Ve= 4/3.π.3³= 36πcm³
2)Cálculo do volume
do copo (cone)
Vc= 1/3.π.R².H
Vc= 1/3.π.6².10=
120πcm³
3)Calculo do volume
que sobre após derretimento.
Ve –Vc= Vt
Vt=120π - 36π = 84π
cm³
02. (20111102) – Uma
caixa d´água, com capacidade de 2560 cm3 de volume, tem a forma
de um cone circular invertido, conforme a figura. Se o nível da água na caixa
corresponde a um quarto da altura do cone, o volume da água existente é igual
a:
a) 10 cm3. b)30 cm3. c) 20 cm3.
d).50 cm3. e) 40 cm3.
SOLUÇÃO: Vp= h³
Vp= 4³
2560 = h³
Vp= 4³
2560/V=64
Vp= 2560/64= 40 cm³
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